NOVO NASCIMENTO


Novo Nascimento

“A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” João 3:3

Nicodemos, um dos homens mais respeitáveis de sua época ensinava a lei tanto a líderes religiosos como o povo em geral. Íntegro moralmente, jejuava duas vezes por semana, orava duas horas por dia e zelava pela doutrina. Certa noite, buscou a Jesus dizendo: “Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele”. Mas Jesus respondeu-lhe: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. (Jo 3:2-3). Se o Senhor tivesse dito “Tens que nascer de novo” a Zaqueu, que era ladrão, ou a Madalena, que era pecadora, ou ainda ao ladrão colocado ao lado da cruz de Jesus: poder-se-ia pensar que essas pessoas, como eram tão más, necessitavam de mudança radical; mas o Senhor o disse a uma autoridade espiritual, a um dos maiores líderes dos judeus, a alguém que dominava a lei, que conhecia todos os mandamentos divinos e guardava-se de pecar: “Tens que nascer de novo”.

Com esse ensino, o Senhor deixou sem fundamento todo esforço do homem para reformar-se a si mesmo. Bildade, um dos amigos de Jó disse: “ Como, pois, ser justo o homem para com Deus, e como seria puro aquele que nasce de mulher? Eis que até a lua não resplandece, e as estrelas não são puras aos seus olhos. E quanto menos o homem, que é um verme, e o filho do homem, que é um vermezinho!” ( Jó 25:4-6)

Segundo o rei Salomão: “Quem poderá dizer: “Purifiquei meu coração, limpo estou do meu pecado?” (Pv 20:9).

Através da história, vemos que o homem tem-se lançado na conquista de todas as coisas, querendo obsessivamente estar, cada vez mais, acima de seus semelhantes, ainda que tenha de pisoteá-lo, como fizeram os que construíram a torre de Babel, dizendo: “Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda terra” (Gn. 11:4)

Também o homem atual tem edificado torres similares com os mesmos critérios: conquistar o céu e fazer um nome, sempre movido pela sede de poder. Vejam-se, por exemplo, os grandes monopólios, ou as superpotências, os quais querem estar no centro de tudo e de todos, como se fossem semideuses. Mas eles se esquecem do que ocorreu com a famosa embarcação Titanic, que, embora construída com o melhor da tecnologia daquela época, foi afundada por um simples iceberg, por desafiar Deus, declarando: “Nem Deus afunda o Titanic”.

Tiago escreveu: “ Pois segundo a Sua vontade, Ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fossemos como primícias das Suas criaturas”. ( Tg 1:18). O ser humano deve experimentar o novo nascimento, produzido somente pela Palavra de Deus e pelo Poder do Espírito Santo. Assim disse o Senhor Jesus Cristo: “O Espírito é que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disser são espírito e são vida” ( Jo 6:63).

Quando o ser humano distancia-se de Deus por causa do pecado, sua natureza espiritual morre; ainda que permaneça em contato com  mundo exterior e esteja conciente de todas as coisas, internamente está morto. Nesse sentido, o apóstolo Paulo escreveu: “Porque o pecado tomando ocasião pelo mandamento, me enganou e por ele me mato” (Rm 7:11). E acrescentou: “Se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive, por causa da justiça” (Rm 8:10).

O novo nascimento só se produz quando Cristo é aceito no coração, como o único Senhor e Salvador. Ainda que os judeus, para quem Jesus veio, não tenham crido nEle, Deus, em Sua infinita misericórdia, abriu as portas da graça a toda a humanidade, “para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” ( Jo 3:16). “ Mas, a todos o quanto O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue,  nem da vontade das carne. E porei dentro de vós o Meu Espírito e farei que andeis nos Meus estatutos e guardeis os Meus juízos e os observeis” ( Ez. 36:26-27)

Esse novo nascimento é diretamente produzido pelo Espírito Santo, que, através da fé, produz o espírito de vida do novo nascimento. Alguns não compreendem o novo nascimento, por isso perguntam-se como isso ocorre – do mesmo modo que o fez a bem-aventurada virgem Maria, quando o anjo lhe dissera que estaria grávida do Salvador do mundo: “e como será isto, pois não conheço varão?” A resposta que lhe deu o anjo foi: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a Sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus” (Lc 1:35).

O Espírito Santo passa a fazer parte de nós, quando decidimos fazer parte de Deus. Ele é um cavalheiro, por isso jamais forçara as coisas, nem entrará nas vidas sem ser convidado. Ele somente se move e atua através da fé na Palavra de Deus. Ainda que nós perguntemos: “ e como será isto?” A resposta será a mesma dada a virgem: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo cobrir-te-á com sua sombra”. Como o Senhor disse a Niicodemos: “ O vento sopra onde quer, e ouve a sua voz, mas não sabe de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” ( Jo 3:8).

O vento, às vezes, é forte, um furacão que arrasa tudo; mas outras vezes é suave e tranqüilo. O mesmo sucede com o Espírito Santo. Algumas conversões vêm acompanhadas de fortes emoções, mas outras são tão sutis que a pessoa nem percebe quando sucedeu o novo nascimento. Esse novo nascimento significa que nos foi entregue uma nova vida: a vida eterna, que se recebe quando aceitamos a Cristo como Senhor e salvador pessoal. Não é algo reservado para ser recebido como uma benção futura, mas é a possessão presente aqui na terra, da qual podemos desfrutar, ou não, segundo a decisão que tomemos, de acordo com a Palavra de Deus: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10:10b).

A segurança da vida eterna só é dada aos filhos de Deus, ou seja, àqueles que tem sido “adotados” para fazer parte da família de Deus. Portanto, quem aceita essa adoção passa a gozar dos mesmos direitos e privilégios dos filhos legítimos, pois Ele se torna nosso Pai, conforme se observa em Romanos 8:15.

Antes de sermos adotados, éramos escravos do pecado e do medo; agora estamos sob Seu cuidado e não temos o que temer. Leia Romanos 8:14-17. Quando nascemos de novo, não só mudamos a vida, como também de senhorio, pois ela deixa de ser nossa para ser de Cristo: “Já não vivo eu, mas Cristo vive em mim”. E essa vida não é produzida por nós, porque é a vida de Cristo reproduzida em nós.

Quantos cristãos crêem na reprodução do espírito? Essa é mais que regeneração. Essa significa que o Espírito Santo planta em nós a vida de Cristo quando nascemos de novo. Aquela – a reprodução – vai mais adiante: significa que a nova vida cresce e se manifesta progressivamente, como acontece, por exemplo, com a gravidez de uma mulher: a transformação cresce em nós, na medida em que a verdadeira pessoa de Cristo se manifesta em nossa vida. É isso o que Paulo quer dizer quando fala de… “dores de parto, até ser Cristo formado em vós”(Gl 4:19). O novo nascimento  é autêntico: não é revogado, nem inválido, pois é selado com o penhor do Espírito Santo: “o qual também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração” (2 Co 1:22). Deus mesmo sela com Seu Espírito Santo cada crente, cuja herança completa será dada no céu. O penhor, ou cota inicial, garante o pagamento da vida eterna; a totalidade da herança, que é inalterável e será recebida lá no céu. O que devemos evitar é entristecer o Espírito Santo: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para ao dia da redenção” (Ef 4:30).

Outra notícia agradável é que, embora estejamos peregrinamente na terra, podemos olhar para o futuro com gozo, alegria e desejo de chegar um dia a nosso Pai celestial, porque desde já somos cidadãos: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Ef 2:19).

Numa das oportunidades em que Jesus enviou Seus discípulos a pregarem as boas novas da salvação, dando-lhes Sua autoridade sobre tudo que fizessem, Ele se Regozijou, juntamente com eles por causa dos sinais feitos por Deus através  deles; entretanto Jesus apontou uma outra razão para que houvesse maior alegria: “Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus” (Lc. 10:20). Isso confirma que temos uma cidadania celestial e que devemos cumprir os ensinos da Palavra, sem nos descuidarmos da nossa salvação, a fim de que estejamos eternamente desfrutando essa cidadania no céu: “Assim, pois, amados meus, como sempre obedeceste, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor” (Fp. 2:12).

Quando Ele veio a seu coração, você nasceu espiritualmente, convertendo-se, assim, em Seu filho (a). No entanto, o Novo Testamento ensina que se deve permitir a Jesus Cristo Dirigir e guiar nossa vida. Portanto Ele deve sentir-Se em Seu ambiente, e não como um estranho, já que a meta é sermos feitos “… conforme a imagem de Seu Filho” (Rm. 8:29), alcançando, assim, a estatura da plenitude de Cristo.

Como se pode fazer isso? Jesus ilustra, comparando-nos com a videira, por isso a necessidade de que permaneçamos nEle: “Sem mim, nada podeis fazer” (João. 15:5b).

Autor Desconhecido

Um comentário sobre “NOVO NASCIMENTO

  1. o novo nascimento e pra toda a humanidade.
    porque todos pecaram e carecem da gloria de DEUS
    a humanidade está separada de DEUS.
    estao mortos espiritualmente.

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